OPINIÃO: SE O PP FAZ PARTE DO PODER PALACIANO EM BRASÍLIA E É ALIADO FIGADAL DA FRENTE POPULAR EM PERNAMBUCO, COMO DIZER QUE OS AMIGOS DE TEMER SÃO SOMENTE OS REPRESENTANTES DA OPOSIÇÃO?

A política é mesmo dinâmica e inconstante. Dinâmica no sentido de que algumas relações dentro das ações partidárias mudam e sofrem metamorfose de uma forma tão rápida e intensa que até mesmo este nobre cidadão que vos fala, queima a língua como tanto outros que queimaram. A Janela Partidária foi o estopim para que muitos fatos inusitados acontecessem, veja bem; postagens na internet associavam os possíveis candidatos da oposição ao Governo Paulo Câmara em Pernambuco ao Palácio do Planalto, entre eles, Armando Monteiro, Mendonça Filho, Bruno Araújo, inclusive agora em declaração recente do próprio governador, ele em nota a uma resposta ao Deputado Bruno Araújo do PSDB, afirma, que ao contrário do Deputado, não quis fazer parte do Governo Temer. Como assim, não fazer parte? Se a mesma Frente Popular em Pernambuco, liderado pelo Governador, tem como base de apoio o Partido Progressista, e mantém três ministérios no Governo Temer e comanda a Caixa Econômica Federal. E agora os principais cabeças do partido, o presidente Nacional, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o Deputado Federal por Pernambuco Eduardo da Fonte, artífice interlocutor de Câmara, foram pegos pela PF, por autorização do Ministro do STF Edson Fachin, por suspeitas de obstrução da justiça e sabe lá outras maracutaias que devem aparecer ao longo das investigações. 

"Dizes com quem tu andas, que te direi quem tu és".

Do mesmo modo outros comentários surgiram com os deputados que eram ligados aos senadores Armando Monteiro, Mendonça Filho, Fernando Bezerra, enfim, de que, eles eram representantes do governo Temer em Pernambuco. Agora com o envolvimento dos principais nomes do PP, em especial de Da Fonte, daqueles que preferiram na janela partidária migrar para a agremiação, o jeito é colocar um zíper na boca ou fazer uma leitura do cenário em que estão envolvidos e parar de fazer papel de bobo ou tentar fazer os outros de tolos, porque é fácil enganar uma vez, duas pode ser demais.

Recado dado.